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Artigo- Dia do Bibliotecário Brasileiro ? 12 de março
Tereza Longo Job- Coordenadora Geral de Bibliotecas da Unemat
Artigo- Dia do Bibliotecário Brasileiro ? 12 de março
11/03/2004 08:30:20
por Coordenadoria de Comunicação Social

“Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de bibliotecário, fundamentada na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana”.

Resolução CFB Nº006/66

Biblioteconomia deriva do grego bibliothéke (depósito de livros) e nomos (regra, lei). É a área do conhecimento que estuda, pesquisa e ensina regras, normas e métodos para organizar materiais de informação. Organizar implica tornar a informação acessível, divulgá-la e ordená-la de maneira correta, preservar adequadamente seus suportes, para que resistam ao tempo e ao uso.

Com a evolução do conhecimento e da humanidade, o bibliotecário vem atuando e adaptando-se às mudanças e inovações tecnológicas. Deixando de ser o velho guardião de livros para se tornar o disseminador da informação.

A Biblioteconomia, como área do conhecimento, passou a existir, no Brasil, a partir de 1911, quando Manuel Cícero Peregrino da Silva, então Diretor da Biblioteca Nacional, conseguiu oficializar a criação do primeiro Curso de Biblioteconomia do Brasil, primeiro também da América do Sul e 3º no mundo. Esse curso começou a funcionar somente em 1915, na própria Biblioteca Nacional e formando bibliotecários para o Serviço Público Federal.

Até o início da década de 30, a biblioteconomia viveu sua fase humanista, calcada no modelo da École de Chartre, na França, e na qual os seus profissionais eram ilustres personalidades: escritores, historiadores, literatos, pessoas cultas em geral.

A partir da década de 30, graças especialmente aos esforços de Rubens Borba de Moraes, a biblioteconomia começou a progredir em passos mais largos, com a criação da primeira Escola de Biblioteconomia, que funcionou inicialmente junto ao Departamento de Cultura da Cidade de São Paulo e depois na Escola de Sociologia e Política da mesma cidade.

Essa Escola, dirigida por Rubens Borba de Moraes, tinha uma orientação estritamente americana, e abriu as portas para os alunos recém-saídos do Curso Secundário, o 2º grau de hoje. Para essa Escola, a fim de participar de um Curso de Atualização Profissional, Rubens Borba convidou bibliotecários de todo o país, os quais retornando aos seus Estados, foram, aos poucos, envidando esforços no sentido de criar novos Cursos e Escolas de Biblioteconomia, especialmente nas Universidades Federais.

É uma das profissões que mais se desenvolveram nos últimos tempos. O bibliotecário, hoje, exerce atividades em agências de publicidade, escritórios de advocacia, editoras, jornais, revistas, produtoras de vídeo, universidades, bancos, museus, arquivos públicos e privados, escolas de línguas, empresas de engenharia, centros de informação, além de prestar assessoria para empresas e particulares.

Graças a essa área de atuação ampla e diversificada, a biblioteconomia passou a ser a profissão da atualidade, pois está envolvida nos processos de globalização e de informatização, por meio das novas tecnologias, na divulgação de dados para um mercado em constante transformação.

Atualmente, a informação é uma das ferramentas mais importantes para o desenvolvimento de um país. Ao lado das matérias-primas, dos investimentos e da mão-de-obra qualificada, a informação é geradora de riquezas e de crescimento econômico.

Hoje, estar bem informado é requisito básico para que se possa exercer a cidadania, bem como para tomar conhecimento e usufruir de todas as potencialidades que a moderna tecnologia coloca ao nosso alcance.

Entretanto, o volume de dados que nos sobrecarregam todos os dias impõe a necessidade de organizá-los, selecioná-los, torná-los mais úteis e apropriados para serem transformados em conhecimento. É onde aparecem os bibliotecários. São profissionais cada vez mais reconhecidos como gerenciadores dos estoques de informação; pois lhes cabe administrá-la, processá-la e disseminá-la, utilizando desde os meios mais tradicionais até os mais avançados, como a internet. Buscando constantemente as técnicas mais recentes e aprimoradas, os bibliotecários acompanham as transformações que a palavra escrita vem sofrendo ao longo dos séculos e, para melhor servi-la, mudam sempre, com ela.

Segundo Antonia Memória “o fascínio de nossa área profissional está em transforma-la em seara produtiva de cultura e informação. A arma comum já nos foi dada: o livro. Que ele atinja não só o coração, mas a consciência de cada um, despertando sonho de vivermos numa sociedade mais humana e justa”.

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